segunda-feira, 29 de junho de 2009

Wilbur Ross, o bilionário louco por pechinchas



Outro visionário...

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"A quase desconhecida Plascar, fabricante de autopeças do interior paulista, foi uma das ações que mais subiram na última escalada da bolsa. Por trás dela, está o bilionário americano Wilbur Ross, famoso pelo oportunismo."

Por Eduardo Salgado

Revista EXAME

O bilionário americano Wilbur Ross, presidente do fundo de private equity WL Ross & Co., é o tipo de investidor que procura ouro no lixo. Se um setor da economia tem uma recaída ou passa a ser considerado ultrapassado, pode estar certo que é justamente lá que Ross será encontrado. Seu objetivo é pagar barato, reestruturar e vender com o maior lucro possível. No começo da década, a revista americana Business Week publicou uma reportagem de capa que perguntava se Ross havia enlouquecido. O questionamento era mais que um recurso de retórica. Ross, que trabalhou por 24 anos no banco de investimento Rothschild antes de fundar o WL Ross & Co. em 2000, vinha investindo centenas de milhões de dólares em siderúrgicas em dificuldades e no decadente setor têxtil americano. Beneficiado por medidas protecionistas do governo de George W. Bush, ele reestruturou as siderúrgicas, uniu todas debaixo de um mesmo grupo e o vendeu por 5 bilhões de dólares à Mittal, que com essa aquisição passou a ocupar o posto de maior produtora de aço do mundo. Em seguida, a Amvescap, empresa de investimentos globais com sede em Londres, pagou 375 milhões de dólares pela WL Ross & Co. e exigiu que Ross continuasse à frente dos negócios. "Acho que hoje, com exceção de minha mulher, ninguém mais pergunta se estou louco".

No Brasil, o único investimento feito pela WL Ross & Co. até hoje foi na Plascar, fabricante de autopeças com sede em Jundiaí, no interior de São Paulo, que ganhou notoriedade nos últimos dois meses pelo bom desempenho de suas ações na Bovespa - alta de 150%, a maior entre as empresas de baixo valor de mercado. "O valor do papel caiu muito no ano passado. Como o cenário para o setor automobilístico melhorou, a ação teve uma recuperação espetacular", diz Artur Delorme, analista da consultoria de investimentos carioca Lopes Filho. Independentemente dos altos e baixos da bolsa, Ross se diz satisfeito com a performance da empresa - acima da média do mercado desde que foi comprada, há três anos.

Na Plascar, Ross colocou em prática sua estratégia clássica. Ao constatar que a americana Collins & Aikman, antiga controladora da Plascar, tinha entrado em concordata e colocado à venda suas 38 fábricas espalhadas pelo mundo, mandou um de seus sócios a São Paulo para conhecer a fabricante de autopeças. "Naquela época, fomos procurados por muita gente, mas o único presidente de fundo que ligou pedindo informações foi o Ross", diz André Nascimento, presidente da Plascar que foi mantido no cargo após a mudança de mãos. Uma vez feito o diagnóstico de que o maior problema era uma dívida de 100 milhões de reais, o fundo comprou a empresa por 55 milhões. Na época da aquisição, o valor de mercado da Plascar na bolsa era de 90 milhões de reais. Hoje, com a questão do endividamento já resolvida, vale 386 milhões. "Minha maior contribuição foi limpar o balanço", diz Ross. "Não costumo me meter no dia-a-dia das companhias." Uma curiosidade: Ross é o presidente do conselho de administração, mas nunca pisou na Plascar. Todas as reuniões são por teleconferência.

A meta de Ross é aumentar a presença no Brasil - além de novos negócios no setor automobilístico, está examinando oportunidades nas áreas têxtil, de mineração e etanol. "A indústria sucroalcooleira do Brasil é muito atraente", diz, evidenciando seu interesse por um setor que, após um período de euforia, passa por um momento conturbado, com uma série de empresas em dificuldades e projetos paralisados. O bilionário americano não está só na intenção de aplicar no Brasil. Diante das estimativas de crescimento da economia no ano que vem - que oscilam de 2% a 4,5% -, um número crescente de estrangeiros cogita investir no país. Parte deles já fez o movimento. Em maio, o fluxo de dólares para o Brasil mais do que dobrou em relação a abril. No total, 3,1 bilhões de dólares entraram no país, quase tudo na forma de investimentos na produção. Ross está disposto a fortalecer essa tendência e promete visitar o país entre setembro e dezembro. O homem que adora uma pechincha tem mais de 3 bilhões de dólares em caixa.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

Post de agradecimento à Sedi


Há pouco tempo atrás postei um pedacinho da história do empreendedor Edivan Costa, fundador da Sedi, empresa que ajuda outras empresas a lidar com o emaranhado de legislações que atrasam a abertura de um negócio.

Para a minha felicidade, a assessoria de imprensa da Sedi, através de um comentáro da Luciene Rodrigues, me deixou um agradecimento por ter postado a entrevista do Edivan.

Bom, a verdade é que sou eu quem deve agradecimentos. É gratificante ver histórias como a do Edivan Costa. Mais ainda, receber uma visita da assessora de imprensa da empresa dele.

Obrigado Luciene.

terça-feira, 23 de junho de 2009

História macabra: Nick Leeson e a megafraude que levou o banco Barings à falência


Lí o resumo da história de Nick Leeson no infomoney e fiquei de boca aberta. Até onde o ser humano é capaz de ser corrompido? Será que ele não tinha noção do rombo que estava causando? Não deixem de ler o que essa figura aprontou...

Ps: Vou comprar a autobiografia dele.

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Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira
23/06/09 - 14h12
InfoMoney

SÃO PAULO - A trajetória do operador Nick Leeson é digna de filme. Além de uma das mais famosas fraudes da história dos mercados, o caso mostrou como um mero empregado poderia levar o mais antigo banco de investimentos da Inglaterra, o Barings, à ruína.

Mais que a atuação irregular de um trader no mercado futuro, o caso revelou algumas das inúmeras brechas que o sistema financeiro apresenta, além de expor a rotina de cobrança e interesses que alimenta a busca desenfreada por retornos, muitas vezes ignorando riscos.

Leeson começou como operador no banco Coutts, na primeira metade da década de 1980. Rodou por diversos bancos até conseguir um posto de operador do Barings, uma instituição de atuação histórica, fundado em 1762. Leeson foi transferido para Cingapura, para ativar uma cadeira que o Barings possuía na Singapore Monetary Exchange, para operar no mercado futuro da região.

88888

O primeiro flerte de Leeson com uma operação ilegal não partiu de sua ganância, mas de um erro de uma colega de trabalho inexperiente. Segundo consta em sua autobiografia, "A história do homem que levou banco Barings à falência", a funcionária havia vendido vinte contratos que deveria comprar, o que causou uma perda próxima de £ 20 mil à instituição.

Para encobrir o erro, Leeson utilizou uma das contas erro do Barings, utilizadas para corrigir diferenças de negociação. A partir daí, Leeson criou a famosa conta erro de número 88888, que passou a usar para esconder os prejuízos de suas operações.

Risco, mais risco

Com a possibilidade de encobrir seus prejuízos, Leeson passou a tomar posições cada vez mais arriscadas. Quando perdia, encobria o prejuízo na conta 88888; mas seus ganhos começavam a chamar a atenção da alta cúpula do Barings. As ordens de Leeson garantiam alguns retornos substanciais ao Barings, chegando a faturar mais de £ 10 milhões para a instituição em 1992.

Seduzida pelos ganhos, a administração do Barings passou a estimular as operações de Leeson, oferecendo bônus milionários a cada aplicação de sucesso do operador. Os prejuízos da conta 88888 passavam a se multiplicar, chegando a cerca de £ 210 milhões em 1994.

Mas Leeson sempre via sua próxima tacada como a oportunidade de cobrir o rombo da conta 88888, o que levava a tomar mais e mais risco. Em uma destas operações, apostava na manutenção da tendência de alta dos mercados asiáticos na sessão seguinte. Mas o acaso colocou à sua frente um terremoto de 7,3 graus de magnitude que devastou a cidade japonesa de Kobe e derrubou as bolsas da região em 17 de janeiro de 1995.

A tacada final

A aposta errada aumentou substancialmente o prejuízo. Leeson não parou por aí e assumiu posições que indicavam uma recuperação rápida do índice Nikkei 225. Neste período, o operador movimentou mais de 20 mil contratos, enquanto as perdas registradas na conta 88888 bateram aproximadamente US$ 1,3 bilhão.

Para se ter uma ideia, quando os gestores do Barings descobriram a fraude, este valor superava o capital e reservas em posse do banco, o que representou a insolvência da instituição de 235 anos. Pelo simbólico valor de £ 1, o holandês ING assumiu o Barings em fevereiro de 1995.

Nas telas do cinema

Leeson fugiu. Após rodar por Malásia e Tailândia, foi preso em Frankfurt no início de março daquele ano. Extraditado para Cingapura, foi condenado a seis anos e meio de prisão, mas acabou solto em 1999 por bom comportamento.

Sua história foi contada por ele mesmo na autobiografia "A história do homem que levou banco Barings à falência"*. Também pode ser vista na interpretação do ator Ewan Mcgregon, em "A Fraude" - título original "Rogue Trader", lançado em 1999.

*"A história do homem que levou o banco Barings à falência", editora Record, 1997

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Queda brusca do mercado



Hoje o mercado reagiu de forma negativa ao anúncio do banco mundial. A projeção para a economia do nosso "querido mundo" caiu de -1,7% para -2,9%. Todos as bolsas caíram na base de -3%, e o Ibovespa não ficou atrás. Só essa semana foram testados diversos suportes, e o mercado não para de cair.
  • O dólar, que estava próximo a R$ 1,90, já está cotado a pouco mais de R$ 2,00 (coitado do meu colega aqui de setor que quer viajar);
  • O barril de petróleo, que estava US$ 70, hoje fechou a US$ 66,93;
  • A Vale já perdeu mais de 10% de seu valor, desde que eu a comprei, e pravariar eu estou vendido para o mês que vem, ou seja, não posso sair do papel.
Só sei que eu ví meus investimentos virarem pó nessa última semana. Pra ser sincero, não estou conseguindo entender nada. O mercado vinha surpreendendo, mas voltou a ficar volátil. A verdade é que a gente ainda to no meio da crise. Só nos resta abrir os olhos e mudar alguns hábitos de consumo, pois pelo visto vem mais por aí...

quinta-feira, 18 de junho de 2009

10 milhões de empreendedores


A matéria abaixo me deixa muito feliz...

"Esse é o número de brasileiros que abrem empresas visando uma boa oportunidade de mercado e de impulsionar a carreira. Pela primeira vez o número ultrapassa aqueles que se aventuram por necessidade"


Por Marcio Orsolini | 18.06.2009 | 09h20

Portal EXAME

Ser dono do próprio negócio é o objetivo de um crescente número de profissionais brasileiros, seja para evitar eventuais cortes nas empresas ou para pôr em prática uma ideia considerada inovadora, como o empresário Gabriel Tosi, de 28 anos. Ele largou a carreira de redator publicitário para criar a agência de assessoria de imagem em mídias sociais Full Interactive. Segundo consultorias de recursos humanos ouvidas pelo Portal EXAME, essa é uma boa alternativa para impulsionar a carreira. "Geralmente, quem pensa em abrir um negócio próprio quer fugir da insegurança que ronda o ambiente corporativo de hoje", afirma Priscila D´Addio, gerente de relacionamentos e novos negócios da Career Center. Dos clientes que procuram a consultoria para transição de carreira, 12% optam pelo negócio próprio.

Um levantamento recente realizado pela consultoria DBM mostra que o número de profissionais que optaram por abrir o próprio negócio no primeiro bimestre de 2009 superou em quatro vezes o total verificado no mesmo período do ano passado. Em comparação com o último bimestre de 2008, o salto foi de 80%, o que mostra uma tendência em aceleração.

Brasil empreendedor

O potencial empreendedor brasileiro foi medido em pesquisa do Global Entrepreneurship Monitor (GEM). O estudo, no qual o Brasil figura na 13ª posição entre 43 países, constatou que pela primeira vez no país os chamados "empreendedores de oportunidade" - aqueles que enxergam um novo nicho de atuação e planejam minuciosamente a abertura do negócio - ultrapassaram os "empreendedores de necessidade" - os aventureiros que não têm planejamento prévio e acabam fechando o empreendimento pouco tempo após sua abertura. Segundo o GEM, a razão oportunidade/necessidade ficou em torno de 2,03, atrás apenas da França (8,35) e dos Estados Unidos (6,86).

O Brasil conta hoje com 14,6 milhões empreendedores, o equivalente a 12,6% da população adulta - ou um empreendedor para cada 13 habitantes. Do total, quase 10 milhões são considerados "empreendedores por oportunidade". O destaque fica para os jovens brasileiros os mais empreendedores do mundo. Tanto entusiasmo leva um número cada vez maior de pessoas a decidirem trabalhar por conta própria. Segundo o Sebrae, hoje o país conta com 5 milhões de pequenos e médios negócios - o equivalente a uma empresa para cada 37 habitantes. Para 2015, calcula-se que o Brasil terá uma empresa para cada 24 habitantes, atingindo um nível similar às economias desenvolvidas da Europa. "As pequenas e médias empresas já contribuem com 20% do PIB brasileiro", diz Ricardo Tortorella, diretor-superintendente do Sebrae-SP. Por isso as PMEs se tornam cada vez mais importantes não só para o trabalhador, mas também para a economia do país.


Além disso, outro fator pode incentivar ainda mais a abertura do negócio próprio: a lei complementar 128/08, que entra em vigor a partir de 1º de julho. A nova norma altera a legislação das pequenas e médias empresas, acrescentando o Microempresário Individual (MEI), que tem renda anual de até 36 000 reais - incluem-se aí cabeleireiros, doceiros e manicures, por exemplo. A lei pode - e vai - beneficiar os 10,3 milhões de trabalhadores informais que se encaixam nesse perfil. Para o governo isso é positivo. Com o aumento da base de trabalhadores legais, mais impostos serão arrecadados. Em contrapartida, eles terão benefícios como aposentadoria por idade ou por invalidez, seguro por acidente de trabalho e licença-maternidade.

O estudo do GEM aponta também alguns dos melhores mercados para investir nos próximos anos. No setor de serviços - o mais promissor - lideram as atividades de informática, mas há espaço para novos bares, lanchonetes e centros de estética, por exemplo. No comércio, os destaques são para os segmentos de materiais e equipamentos para escritórios, autopeças, quitandas, avícolas e sacolões. Na indústria, se destacam os ramos de fabricação de máquinas e equipamentos, edição e gráfica e confecção de artigos de vestuário - historicamente esse segmento vem puxando o bom desempenho da indústria nos pequenos negócios.

Cuidados antes de abrir um negócio

Apesar de o país apresentar um vasto campo de oportunidades, é preciso ter cautela. Quem deseja iniciar um negócio próprio deve estar ciente dos riscos e planejar cuidadosamente o novo empreendimento. É aí que entram as consultorias especializadas para dar apoio aos empreendedores e traçar um detalhado plano de negócios. "Muita gente chega sem conhecimento do mercado que quer entrar. É preciso estudar a viabilidade do negócio, os concorrentes e ter uma visão global", diz João Marcos, consultor de empreendedorismo da DBM. "É preciso ter pé no chão, ter clareza de suas limitações e saber onde é preciso melhorar."

Para abrir um negócio, é preciso também estar disposto a enfrentar a burocracia. Em estudo recente elaborado pelo Banco Mundial, o Brasil ocupa a 125ª entre 181 países sobre a facilidade de começar um empreendimento. Em média, é preciso enfrentar 18 procedimentos burocráticos e esperar 152 dias até conseguir estruturar o negócio. Mas, de acordo com João Marcos, é preciso ter cuidado ao analisar esses dados. "Há dificuldades como a burocracia e restrições ao crédito apesar de termos melhorado. Mas em alguns casos, como o do comércio, isso é mais fácil e rápido. Depende do número de órgãos envolvidos para autorizações. É diferente abrir uma lanchonete e uma indústria química. O importante é não deixar a burocracia se tornar um desestímulo", diz ele. E pelo número de empreendedores no Brasil, essa aparente barreira não é um impedimento. Basta ter um planejamento completo, estar disposto a correr riscos e investir dinheiro do próprio bolso - algo que 70% dos empreendedores faz.


terça-feira, 16 de junho de 2009

Terminei de ler "Os Magnatas"

Já tinha postado sobre o livro duas vezes, se não me engano, inclusive coloquei um trecho do mesmo aqui no blog: Trecho do livro "Os Magnatas".

O livro é incrível. Charles R. Morris consegue fazer um apanhado histórico de todo o século XIX, dando detalhes, não só da vida dos magnatas, como de outros personagens importantes na história dos E.U.A, como Taylor, por exemplo, considerado por muitos o pai da "administração científica".

Morris ainda opina sobre o momento exato no qual os E.U.A se tornou uma potência, superando a Inglaterra, que foi o primeiro país a desenvolver grandes tecnologias e a se industrializar de forma a produzir em escala.

Pra quem gosta de história, vale muito a pena. As pesquisas são tão profundas, que ao final do mesmo, no apêndice, tem até os balanços patrimoniais das grandes empresas da época. Pra vocês terem uma idéia, o apêndice deve ter umas 200 páginas. Ainda não terminei de ler o apêndice, mas o livro sim.

Deixarei o link ao lado mais um tempo, pra quem quiser entrar e comprar. Em breve postarei sobre o livro que vou começar a ler: "O homem mais rico da babilônia".

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Acabou a moleza para os bancos


A notícia que saiu no portal exame hoje é ótima. O mercado acionário brasileiro tem tudo pra crescer se os títulos públicos continuarem a deixar de serem interessantes. Entretanto, o número de pessoas físicas que estão investindo na bolsa só vem caindo. Ou estão achando a bolsa cara e realizaram lucros, ou está acontecendo algo que eu não sei. E agora?

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“Para o ministro da Fazenda, a queda dos juros vai obrigar instituições financeiras a buscar novos mercados”

Portal EXAME

A queda da taxa básica de juro da economia brasileira, a Selic, vai obrigar os bancos a substituir o ganho fácil com os títulos públicos por novas fontes de receita, na opinião do ministro da Fazenda, Guido Mantega.

"Eles (os bancos) vão continuar tendo lucros elevados, o sistema financeiro brasileiro é muito sólido, só que a moleza acabou", afirmou Mantega, em entrevista exclusiva à editora da EXAME em Brasília, Angela Pimenta.

A queda da Selic afeta as opções de investimento das instituições financeiras porque reduz o rendimento oferecido pelo governo aos compradores de títulos públicos. Após o corte mais recente, em 11 de junho, a taxa básica de juros caiu para 9,25% ao ano, a mais baixa desde 1999.

Isso significa que ao comprar um título público, o banco passa a ter rendimento de 9,25% ao ano, taxa inferior ao que as instituições podem conseguir, por exemplo, alocando os mesmos recursos em determinadas modalidades de crédito.

Para o ministro, a diminuição da rentabilidade dos papéis do governo vai estimular a competitividade entre bancos e facilitar o crescimento de aplicações como os fundos de infra-estrutura.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Modelo de concessão ou partilha?



Não vejo a hora do governo decidir qual será o modelo adotado para a regulamentação da produção das novas reservas de Petróleo, descobertas na área do pré-sal. O Brasil, de fato, irá entrar num novo patamar, estando entre os dez maiores produtores de Petróleo. Ok, tudo bem. Mas e aí? Toda essa riqueza vai pra onde? Seria revoltante ver as empresas estrangeiras levando o que está no nosso território sem sairmos beneficiados. Por outro lado, nas regras atuais, existe o royaltie. Infelizmente, o modelo, como todos sabemos, não tem funcionado. As cidades onde as empresas de Petróleo se instalam, como Macaé (onde eu moro), não tem se beneficiado com o modelo de concessão. É por isso que muitos defendem a mudança. O modelo de partilha, que é algo parecido com o que a Noruega fez, seria o ideal. Todo o dinheiro do Petróleo iria para a saúde e educação. Pra quem não sabe, hoje a Noruega é o país com mais pessoas educadas no mundo, com mais de 80% da população adulta com nível superior. O que resta saber é se o Brasil conseguiria repetir a fórmula. É justamente sobre isso que fala a matéria abaixo. Para o especialista, o Brasil não deveria adotar um novo modelo, pois isso afugentaria os investidores e o Brasil perderia sua reputação. Será? Eu duvido muito... Na minha opinião o governo deveria, sim, intervir e criar um modelo melhor. Entretanto, também deveria garantir que a riqueza seria partilhada com a população. Temos tudo pra ser uma grande nação. Potencial é o que não falta.....

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Portal EXAME

A descoberta de um tesouro no fundo do mar provocou inquietude em Brasília. Ninguém sabe ao certo quanto petróleo existe na camada pré-sal, situada nas bacias de Santos, Campos e Espírito Santo - região litorânea que vai de Santa Catarina ao Espírito Santo -, mas a expectativa é de que seja o suficiente para colocar o Brasil entre os dez maiores produtores mundiais da matéria-prima. Não foi preciso mais que isso para começar a discussão sobre qual seria o modelo ideal de exploração desse petróleo.

O sistema atual, de concessão, já não é considerado a melhor opção pelo governo, que estuda adotar o modelo de partilha. A principal diferença entre os dois sistemas é que, no de concessão, a produção pertence à empresa que ganhou o direito de explorar a região. O governo é remunerado pelo pagamento de royalties e impostos. Já no sistema de partilha, a produção pertence ao Estado. A empresa entra no negócio como parceira do governo, realizando o trabalho de exploração e extração do petróleo. O lucro da operação é dividido entre as partes.

Quando se descobriu a existência de grande quantidade de petróleo no pré-sal, veio à tona o debate sobre sua posse. Rapidamente surgiram defensores da necessidade de assegurar ao governo a propriedade do óleo, que pelo modelo de concessão ficaria nas mãos das empresas. A solução seria a troca do atual modelo pelo de partilha, juntamente com a criação de uma nova estatal, que ficaria responsável por administrar as reservas. Os blocos já licitados continuariam operando sob concessão, conferindo ao país um regime misto, a exemplo do que acontece na Rússia.
As mudanças, porém, são vistas pelos especialistas como um grande erro. "O país vai dar um tiro no pé. Alterar a regulamentação do setor só vai gerar insegurança e reduzir a credibilidade do Brasil. É possível atender todas essas questões sem ter de criar um novo marco regulatório", diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE). "Enquanto se discute mudanças desnecessárias, o programa de exploração vai sendo adiado".

Os analistas afirmam que, nesse momento de crise global, o Brasil está perdendo uma grande oportunidade de se estabelecer como um país promissor e de regras estáveis. O clima de incerteza reduz o interesse dos investidores e até mesmo as empresas que já possuem negócios no país tendem a postergar seus projetos à espera de definições para o setor.

A atual regulamentação, destacam os especialistas, já garante à União a retomada do controle das reservas em caso de emergência. Para ampliar a participação do governo, bastaria elevar os royalties e as alíquotas dos impostos que incidem sobre o petróleo. O reajuste poderia ser justificado pela redução no risco de exploração. Hoje, até 58% de tudo que é extraído do subsolo brasileiro vai parar nas mãos do governo por meio de royalties e tributos. Desses recursos, parte significativa é destinada a estados e municípios.

Com o sistema de partilha, a renda obtida com o pré-sal seria concentrada em um fundo para investimentos em educação, saúde e habitação. "Mas nada garante que, na prática, esse dinheiro será mesmo aplicado nisso. As chances de o governo utilizar esses recursos de forma inadequada são enormes", diz Pires.

Outro ponto que preocupa o mercado diz respeito aos chamados blocos unitizados. Se um campo é descoberto na intersecção de dois ou mais blocos, a extração é realizada em conjunto pelas empresas que detêm a concessão de tais blocos. "Mas se houver dois sistemas diferentes, como ficará isso?", questiona a analista da corretora Itaú, Paula Kovarsky.

As dúvidas não são poucas. Envolvem de questões jurídicas a problemas de gestão. Um dos riscos levantados é o de se criar um sistema menos eficiente, uma vez que pelo modelo de partilha os custos que a empresa tem para explorar e extrair o petróleo são inteiramente ressarcidos pelo governo. "Considerando o interesse público, o modelo de concessão é mais vantajoso, já que o controle de custos fica por conta da empresa", afirma Ivan Simões, dirigente do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP).

A ideia de se garantir à Petrobras o direito de explorar alguns blocos do pré-sal mesmo perdendo a licitação, além de causar estranheza e desconforto no mercado, levou os especialistas a acreditarem em motivações políticas para as mudanças."Estão tentando criar uma nova versão da campanha ´O Petróleo é Nosso`. Colocaram o pré-sal no palanque", diz Pires.

Negócio de risco?

Não basta ter a certeza da existência de bilhões de barris de petróleo no fundo do mar brasileiro. Esse óleo, para se transformar em riqueza, precisa ser extraído e comercializado. Mas ainda é cedo para afirmar que isso será plenamente possível. O tipo de rocha onde este petróleo está armazenado é pouco conhecido pelos especialistas. Há o risco de que a baixa permeabilidade dificulte a extração. "E há áreas no pré-sal que não têm petróleo", destaca Simões.
Além disso, será necessário descer a uma profundidade de cerca de sete quilômetros para se chegar ao óleo, o que exigirá grandes investimentos em tecnologia. Dependendo do preço do petróleo no mercado internacional, o custo pode não compensar a extração.


quarta-feira, 10 de junho de 2009

20 frases de Bill Gates



O cara é um gênio...

1 - "Se eu fosse um cara que só quisesse ganhar, já teria me mudado para outra área. Se eu tivesse alguma idéia de onde está a linha de chegada, você não acha que já a teria cruzado alguns anos atrás?" – revista Playboy/EUA, em 1994.


2 - "Nós sempre superestimamos a mudança que vai ocorrer em dois anos e subestimamos a que vai ocorrer nos próximos dez. Não se deixe adormecer pela inércia." – de seu livro "The Road Ahead" publicado em 1996.


3 - "Eu queria ter a chance de escrever mais códigos. Eu faço muita bagunça. Eles não deixam que meu código entre nos produtos, há uns oito anos. E quando digo que virei escrever no final de semana, não acreditam realmente em mim como costumavam." – 16 de setembro de 1997, falando em São Diego (EUA).


4 - "Bem, lembre-se, eu não tenho dólares. Tenho ações da Microsoft. Então só por multiplicação você converte o que eu tenho em algum número assustador." – entrevista para a revista Playboy (EUA), em 1994.


5 - "Eu não gostaria de ser [o homem mais rico do mundo]. Não há nada de bom que venha disso." – falando em Seattle/EUA, em 2006.


6 - "Devo dizer que é meio divertido ser o perdedor (quando se trata de buscas)... Nós fizemos mais nesta área para criar uma grande equipe do que em qualquer outro esforço que eu me lembre.” – “advance08, The Future of Media”, 21 de maio de 2008, em Redmond, Washington (EUA).


7 - "Então é justo dizer que o que está acontecendo hoje é como a chegada da imprensa escrita, do telefone ou do rádio. E essas ferramentas de comunicação tiveram efeitos penetrantes. Elas fizeram do mundo um lugar menor. Elas permitiram que a ciência fosse feita de forma mais eficiente. Eles permitiram que a política fosse feita de uma nova maneira. Elas tiveram um impacto modesto na forma como as pessoas eram educadas, mas as pessoas eram otimistas em achar que podiam fazer uma grande mudança. Agora, o computador pessoal conectado à Internet é muito mais poderoso, em muitas formas, do que qualquer um destes dispositivos de comunicação." - Harvard Conference on Internet Society, 29 de maio de 1996, Cambridge, Massachusetts (EUA).


8 - "O PC e a internet serão fundamentais. Eles ainda não chegaram lá, mas estamos certamente no caminho, e será assim como o automóvel." – Lançamento do Windows, 25 de junho de 1998, em São Francisco (EUA).


9 - "Bem, um dos privilégios do sucesso é o olhar examinador do governo, mas tudo bem. Quero dizer, nós temos uma indústria muito sexy. Se você trabalhasse no Departamento de Justiça [ dos Estados Unidos], o que iria preferir investigar – pão ou software...? ... Nossa, acho que posso chamá-la assim, ‘disputa’ com o Departamento de Justiça se trata de que se precisamos incapacitar nossos produtos ou não. Isso quer dizer, podemos pegar uma função que uma vez estava disponível de forma separada do sistema operacional, como um browser ou uma interface gráfica ou qualquer uma das coisas que fizemos, e então integrá-la ao sistema operacional para que o usuários não tenha de sair e comprar aquelas peças separadamente e tenham um produto unificado que crie uma interface simples ao usuário... Então, com o Windows 98, não estamos modificando nada do que fazemos aqui. No pior cenário, eles pedirão que criemos um produto deficiente, além do produto normal, e isso pode ser bem ruim. Isso realmente poderia nos frear, então estamos bem confiantes de que não irá acontecer.” - 27 de janeiro de 1998, Universidade de Stanford, Palo Alto, Califórnia (EUA).


10 - "Sempre acreditei que qualquer ferramenta que aprimore a comunicação tem efeitos profundos em como as pessoas podem aprender umas com as outras, e como elas podem alcançar a liberdade na qual estão interessadas. O e-mail na Rússia foi fundamental para permitir que as pessoas se unissem e pensassem. Eles querem voltar ao modelo anterior de governo? Em cada país, você vê que essas ferramentas têm feito realmente uma grande e incrível diferença.” - Digital Dividends Conference, 18 de outubro de 2000, Seattle (EUA).


11 - "Quando comecei a pensar em filantropia, olhei para trás e estudei o que algumas das fundações fizeram no decorrer da história, e busquei que tipo de coisas poderiam realmente fazer diferença, que tipos de coisas teriam um impacto dramático. E a primeira causa que me chamou a atenção foi a questão do crescimento populacional, de assegurar que as famílias tivessem informação para decidir exatamente quantos filhos queriam ter, e qual o objetivo se o crescimento da população fosse menor do que seria sem isso, o efeito seguinte de ter recursos suficientes para educação, para o meio-ambiente, para cada elemento de qualidade de vida que você pode imaginar, e que isso seria fundamentalmente vantajoso." - Digital Dividends Conference, 18 de outubro de 2000, Seattle (EUA).


12 - "Então parte da razão pela qual dos Estados Unidos têm a liderança que temos hoje data de 20 anos atrás, quando tínhamos um alto nível de humildade. Nós olhávamos para o Japão e dizíamos algo como 'Uau. O modelo deles é superior. Deve haver algo em nosso modelo que pode ser forte' (…). Se durante este período não tivermos ao menos parte daquela humildade e observarmos o que outros países estão fazendo e aprendermos com eles, então nosso relativo domínio vai encolher mais rápido do que deveria." - Digital Dividends Conference, 18 de outubro de 2000, Seattle (EUA).


13 - "Até que tenhamos educado cada criança de uma forma fantástica, até que cada centro decadente tenha sido limpo, não há falta do que fazer." – revista Playboy, 1994.


14 - "Ontem, um dos meus mais admiráveis concorrentes, Scott McNealy (então CEO da Sun Mirosystems) estava aqui falando do Mercado de anéis, dos anéis digitais. E todo mundo diz que a Microsoft está sempre tentando fazer de tudo. Então acho importante esclarecer que este é um segmento no qual a Microsoft não se envolverá." - Consumer Electronics Show, 10 de janeiro de 1998, Las Vegas (EUA).


15 - "Toda a indústria de PCs se reuniu em torno deste lançamento. O Windows XP é o mais poderoso, rápido e mais confiável sistema operacional que já fizemos. Nós derramamos literalmente bilhões de dólares no desenvolvimento deste novo produto. Isto se baseou no retorno que tivemos dos usuários, se baseou em uma visão de novas atividades que o PC poderia permitir. A nova segurança é muito importante. O controle de privacidade é importante. O sistema de mensagens para conexões em tempo real é um fundamento. As novas experiências pessoais digitais; realmente vamos olhar para trás e dizer em senso comum, que estas são as formas como as pessoas lidam com informações. Juntamente com o Office XP, o Windows XP vai estabelecer um novo padrão para os negócios." - Lançamento do Windows XP, 25 de outubro de 2001, em Nova York (EUA).


16 - "Estamos vivendo em uma era fenomenal. Se pudermos passar as primeiras décadas do século 21 buscando abordagens que atendam às necessidades dos menos favorecidos, com meios que gerem lucros e reconhecimento para os negócios, encontraremos um modelo sustentável para reduzir a pobreza no mundo. A tarefa está em aberto. Ela nunca terá fim. Mas um esforço apaixonado para responder a este desafio ajudará a mudar o mundo. Estou animado de fazer parte disso." - Fórum Econômico Mundial, 24 de janeiro de 2008, Davos, Suíça.


17 - "Não importa quando novas tecnologias apareçam, os pais têm uma preocupação legítima com a forma como são usadas. E a internet tem de estar no topo da lista. Vocês sabem, meu filho mais velho tem 11 anos, então ainda não chegamos à fase mais difícil quando se trata, vocês sabem, de ter contas no Facebook e passar um tempo considerável no comunicador instantâneo. Mas estou certo de que isto está por vir. E procuramos manter nossos computadores em ambientes abertos pela casa, então se as crianças estão fazendo alguma coisa no computador, sabem que passaremos por perto a qualquer momento. E fazendo isso desta forma, evitamos ter de partir para limites rígidos, seja em tempo ou coisas específicas. Estamos envolvidos em observar o que está acontecendo e explicar as coisas." - Comentários ao Comitê de Ciência e Tecnologia da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, 12 de março de 2008, Washington, D.C. (EUA).


18 - "Quando eu estava na escola, o computador era uma coisa muito assustadora. As pessoas falavam em desafiar aquela máquina do mal que estava sempre fazendo contas que não pareciam corretas. E ninguém pensou naquilo como uma ferramenta poderosa." - 24 de fevereiro de 2004, Universidade de Illinois (EUA).


19 - "Se eu tivesse de dizer o que me faz sentir melhor, é estar envolvido em toda a revolução do software e no que surgiu disso, porque você pode ir para todo o mundo e entrar nas escolas e ver os computadores sendo usados, e entrar nos hospitais e ver que eles estão sendo usados, e ver como há ferramentas para compartilhar informações que esperançosamente levam a situações mais pacíficas, e ver os grandes avanços em pesquisas que surgem disso." - Universidade de Stanford, 25 de abril de 2002, Palo Alto, Califórnia (EUA).


20 - "Quando Paul Allen e eu começamos a Microsoft há 30 anos, tínhamos grandes sonhos sobre software. Sonhávamos com o impacto que ele teria. Nós falávamos sobre um computador em cada mesa e em cada casa. Tem sido incrível ver tanto daquele sonho se tornar realidade e tocar tantas vidas. Nunca imaginei que uma companhia tão incrível e importante fosse surgir daquelas idéias originais." - Conferência de anúncio da aposentadoria de Bill Gates, 15 de junho de 2006, Redmond, Washington (EUA).

terça-feira, 9 de junho de 2009

Michael Milken - Gênio do mercado e criador do junk bonds


Uma história polêmica, mas que não deixa de ser interessante.

Por: Roberto Altenhofen Pires Pereira




SÃO PAULO - Michael Milken alimentou uma geração de investidores na década de 1990 que ajudou a popularizar o mercado financeiro. Os anos se passaram, e a imagem idolatrada por milhares de yuppies acabou manchada pela justiça norte-americana.

Personagens do mercado desta vez conta como Milken criou o mercado de junk bonds, seus atritos com as autoridades e algumas sacadas geniais que até hoje o garantem entre as maiores fortunas do mundo segundo a revista Forbes.

Milken parecia tudo o que a geração yuppie representava. Sua habilidade inegável como financista o fez mito em Wall Street, sendo reconhecido como o profissional melhor remunerado do mercado em meados de 1985. Calcula-se que, entre salários e bônus, Milken recebeu mais de US$ 1 bilhão entre 1984 e 1987.

Junk Bonds

Milken encontrou uma maneira de empresas próximas à falência conseguirem levantar recursos que nunca imaginariam conseguir com grandes bancos da época. Companhias com elevado grau de endividamento e que vinham de prejuízos consecutivos viam na ascensão dos junk bonds uma saída para sobreviver; mais do que isso, acumular lucros inimagináveis.

Grosso modo, a proposta era lançar títulos que ofereciam elevada rentabilidade, mas de alto risco. Os recursos obtidos com o lançamento dos "títulos podres" eram emprestados para empresas que encontravam dificuldades de crédito.

Com os aportes, estas companhias experimentavam forte valorização, cujas ações garantiam retorno para os investidores. Com o boom dos junk bonds, o financista ganhou os holofotes. Sua empresa passou a movimentar bilhões de dólares, fator que acabou chamando a atenção das autoridades. Por si só, a operação dos junk bonds não trazia nada de errado; tanto que movimenta bilhões até os dias atuais.

Prisão e perseguição

Mas se a operação em si não tinha nada de errado, o mesmo não pode se afirmar da atuação de Milken. Ele acabou acusado de manipulação das bolsas, de operar com informações privilegiadas, fraude e sonegação de impostos. Aos poucos, os próprios operadores de Milken confidenciaram seus delitos em troca de um abrandamento de suas penas.

Na época, um promotor de Nova York acabou ganhando fama por tratar do caso Milken e sua gana por perseguir o personagem de Wall Street: Rudolph Giuliani, que posteriormente viria a ser eleito prefeito de Nova York.

Inspiração a Hollywood

Milken foi sentenciado a 10 anos de prisão, cumprindo apenas dois anos e voltando à liberdade em 1993. Ainda assim, é impedido de atuar no mercado financeiro. Mas algumas ideias de Milken seguem rendendo frutos ao "junk bond king".

Uma das principais sacadas do investidor foi apostar no crescimento do segmento de educação, cujas ações ainda o rendem milhões. A habilidade de Milken em identificar oportunidades de negócio o colocou ainda como gestor das fortunas de algumas celebridades norte-americanas e conselheiro de negócios memoráveis, como a fusão da CNN com o grupo Time Warner.

O diretor Oliver Stone chegou a confidenciar que seu longa-metragem Wall Street, interpretado por Michael Douglas, traça um paralelo com a carreira de Michael Milken.

Década da ganância

Algumas ações do junk bond king tentam mudar sua imagem nos mercados, outras insistem em associá-lo a um lado mais sombrio de Wall Street.

Após descobrir que sofria de um tipo raro de câncer de próstata, Milken doou mais de US$ 1 bilhão para pesquisas de medicina, incluindo estudos sobre o vírus HIV, câncer de mama e mal de Alzheimer. Posteriormente, pediu perdão ao então presidente Clinton, que negou a solicitação. Voltou aos noticiários no início deste ano, estendendo o pedido de perdão a George W. Bush, em seus últimos dias de governo. Não conseguiu.

Além de ser lembrado pela filantropia, Milken responde pelo lema da geração de yuppies, dos gananciosos jovens que trabalhavam no mercado financeiro em Nova York na década de 1990, gostavam de ostentar e operavam para acumular seu primeiro milhão antes de completar 30 anos: "Greed is good"; ganância é bom, na tradução literal.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Petrobras - Fatos e dados


A Petrobras criou um blog no wordpress - Fatos e Dados - onde você pode conferir, em última mão, as respostas e o posicionamento da empresa com relação a CPI que foi aberta.

Achei a iniciativa muito bacana. É uma forma de se comunicar com o público externo e deixar todos a par, pois, em qualquer história, é sempre bom ouvir os dois lados. Particularmente, acho que a CPI não passa de um jogo político. O PSDB quer enfraquecer o PT, principalemtne por estar chegando o fim do legado "Lula".

Muitas histórias ainda vão rolar...

Não deixem de conferir.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Teste: Você seria um empresário de sucesso?


O Johnny, do blog Empreendendo e Aprendendo, deixou um comentário no meu post de ontem - obrigado pela visita meu camarada - e eu resolvi visitar o blog dele. Lá acabei encontrando um monte de testes de empreendedorismo, que determinam sua capacidade de vir a ser um empresário de sucesso. Entre todos os links, o quemais gostei foi o do Sebrae. Por isso, deixo o link aqui para você fazer o teste, caso seja de seu interesse:

TESTE AQUI SEU PERFIL EMPREENDEDOR


O meu resultado está aí embaixo. Caso queira compartilhar seu resultado por comentário, ficarei agradecido.


Meu resultado - Total de Pontos: 76

"Se os seus resultados situaram-no nesta faixa de pontuação, tudo indica que você pode vir a ser um empresário de sucesso. Todavia, é necessário que você procure adquirir mais autoconfiança, independência, criatividade e maior capacidade para enfrentar riscos. Use os resultados deste teste para identificar os pontos fracos e fortes de sua personalidade, visando superar os aspectos negativos e reforçar os positivos."


quarta-feira, 3 de junho de 2009

Que comece o Desafio Sebrae



Eu e minha equipe recebemos ontem o manual de instruções do DS (Desafio Sebrae). Vocês não tem idéia do quanto o desafio é grande e interessante. Sempre questionei muito o fato do Brasil não incentivar o empreendedorismo no país. Infelizmente, falar de empreendedorismo é lembrar do EUA. Mas venhamos, lá o estímulo é GRANDE. Quanto mais eu leio sobre o assunto, mais eu me surpreendo com algumas ações que o EUA tomou ao longo de sua existência, a começar por Abraham Lincoln, ainda no século 19. A criação do DS é uma ótima iniciativa do nosso país, mas não chega a ficar elas por elas.

Voltando ao assunto, estou muito estimulado a dar o meu melhor, principalmente por estar participando da 10° edição. Por que eu não me interessei por isso antes, heim? Acho que por falta de visão e maturidade minha. Ao menos vou pegar uma edição especial: a comemoração de 10 anos do DS. Será que eu chego longe?

Torçam por mim!

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Abaixo uma carta da equipe do DS, olha que bacana:


"APRESENTAÇÃO

O Desafi o Sebrae ou DS (para os íntimos) completa 10 edições. Nesses anos que se passaram,
construímos uma comunidade de participantes no Brasil e em diversos países da América do Sul.
Comunidade que está ligada pelos laços desta competição que, em vez de criar concorrentes, irmana competidores. É dessa competição, que permite aprender que cooperação, amizade e
aprendizado podem co-existir mesmo quando só um pode vencer, que vem nosso orgulho de
ter contribuído com algo diferente e inovador para o país.

O Desafio Sebrae nos ensinou isso. Quando nós o criamos, imaginávamos estar desenvolvendo
um jogo de empresas um pouco diferente dos demais, voltado para despertar a chama empreendedora entre os jovens universitários do Brasil. Mas, o que seria fazer algo “um pouco”
diferente”?

De início criamos uma competição onde os jogadores competem entre si e não com o computador. Há 10 anos atrás a maioria dos jogos de empresas de larga escala não permitiam esse tipo de competição. Depois criamos fases presenciais para trazer todos para uma grande confraternização/competição nacional. A semifi nal nacional é um raro encontro de todo o Brasil e uma experiência de vida, segundo os participantes (organizadores e jogadores) única, inesquecível e maravilhosa.

Fomos acrescentando aos poucos algumas inovações e sempre, muita paixão. Paixão pelo projeto que permite que, durante um período curto de tempo, milhares de estudantes conheçam e aprendam noções de empreendedorismo e gestão de forma vivencial. Entendendo e vivendo o aprendizado de uma forma que, ousamos dizer, só os métodos de ensino vivenciais permitem. Ao completar dez edições, nós da equipe do Desafi o Sebrae, só podemos agradecer aos mais de meio milhão de participantes pela oportunidade de servi-los realizando um trabalho que é, para nós, acima de tudo, uma divertida realização de um sonho.

O Desafi o Sebrae é um brinquedo de adulto, feito por adultos que adoram brincar. Um brinquedo de cunho didático que mexe e remexe com as emoções e a razão das pessoas. Nada mais justo que na sua 10ª. edição o tema fosse a indústria de brinquedos artesanais. O DS é feito de forma artesanal, cada parte é cuidada por nossa equipe para que chegue com todas essas imperfeições que certamente serão reconhecidas por vocês, mas que também seja um trabalho único, movido a paixão e ao carinho que todos que nele operam, sentem.

Sejam muito bem vindos ao Desafi o Sebrae 2009!"

segunda-feira, 1 de junho de 2009

As melhores escolas de negócios do mundo



Fico muito feliz por termos três escolas de negócios neste ranking. Assim que me formar, com certeza estudarei em uma delas. Isto é fato. Já estou juntando dinheiro para fazer um bom curso. No pior das hipóteses, eu vou pro exterior e melhoro o meu inglês.

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Segue o ranking:

"SÃO PAULO - Fundação Getulio Vargas, BSP (Business School São Paulo) e Ibmec são, nesta ordem, as três melhores escolas de negócios do Brasil, sendo também as únicas a entrar no ranking da consultoria inglesa QS que reúne as melhores instituições de ensino de negócios do mundo, eleitas pelas próprias empresas empregadoras.

De acordo com o presidente da BSP, Carlos Faccina, a pesquisa aponta para um caminho de possíveis oportunidades para as escolas de negócios do País, que já "exportam" seus profissionais para grandes empresas do exterior.

Ele afirmou que cada vez mais profissionais procuram um curso desses como ferramenta de empregabilidade e crescimento na carreira. O levantamento apurou os 200 melhores cursos de MBA do mundo na opinião de 604 executivos empregadores de 42 países.

Ranking

Na América Latina, as primeiras colocadas do ranking são do México. Confira abaixo as melhores da região:

1. Esade-Tecnologico de Monterrey (México);

2. IPADE Business School (México);

3. Fundação Getulio Vargas (Brasil);

4. Instituto Tecnológico Autonomo de México ITAM (México);

5. INCAE Business School (Nicarágua);

6. BSP - Business School São Paulo (Brasil);

7. Pontificia Universidad Catolica de Chile (Chile);

8. ESAN (Peru);

9. IESA (Venezuela);

10. Ibmec (Brasil).

Confira agora as melhores dos Estados Unidos e do Canadá. Entre as dez primeiras, ficaram apenas instituições americanas:

1. Harvard Business School;

2. Wharton University of Pennsylvania;

3. Kellogg School of Management, Northwestern University;

4. Columbia Business School;

5. Stanford University Graduate School of Business;

6. University of Chicago;

7. Massachusett Institute of Technology;

8. Fuqua School of Business, Duke University;

9. Ross School of Business, University of Michigan;

10. Haas School of Business, UC Berkeley.

Por fim, veja quais são as dez mais conceituadas escolas de MBA da Europa:

1. INSEAD (França);

2. London Business School (Reino Unido);

3. IESE Business School (Espanha);

4. Oxford University (Reino Unido);

5. IMD (Suíça);

6. ESADE Business School (Espanha);

7. SDA Boconni School of Management (Itália);

8. IE Business School (Espanha);

9. HEC MBA Program (França);

10. RSM Erasmus University (Holanda)."