sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Resultados dos investimentos - Setembro/2014


Depois da ressaca de posts, finalmente vou postar os meus resultados. Para quem não leu o post anterior, ou os anteriores, saibam que estive morando fora. Quando viajei, tirei praticamente 100% do meu dinheiro da renda variável e deixei em renda fixa. Agora estou voltando a me arriscar um pouco, colocando o dinheiro em FIIs, estive um tempo com Fundos de índice e ações.

Mas vamos ao que interessa. Vou falar primeiro do resultado de setembro e depois faço um breve relato do passado, principalmente do prejuízo que tive em agosto deixando o meu dinheiro na mão da corretora para ela operar para mim.

Setembro, como todos os amigos investidores sabem, foi um mês atípico, com muita movimentação devido as eleições. A bolsa, por diversas vezes, divergiu do cenário externo, principalmente quando as pesquisas indicavam a queda da Dilma nas pesquisas. Depois de muita volatilidade, sobe e desce do Ibovespa e da Petrobras e recordes de movimentações diárias, o IBOV fechou o mês em -11,7%.

Assustado com o resultado? Eu não estou não. Depois que tirei a maior parte do meu dinheiro dessa insanidade, estou dormindo mais tranquilo. Ganhar dinheiro só na bolsa não está fácil para ninguém. Se profissionais da bolsa estão perdendo, quem dirá eu me arriscando. Prefiro ficar de fora ou colocar o meu dinheiro em ações que sofrem pouco com essas grandes variações.

O mês de setembro para a minha carteira foi bom. A despeito da queda do IBOV, tive um resultado positivo de 2,28%. Tudo graças aos meus CDBs e Títulos Públicos. Não vou falar de valores, mas segue abaixo a distribuição da minha carteira com fechamento em 01/10/14:


A maior parte do meu dinheiro está em renda fixa porque a ideia seria investir 80% em CDBs e o restante em operações Long & Short, mas como o resultado em Agosto para essa estratégia foi péssima, tentarei aos poucos distribuir os meus recursos da seguinte forma:
  • 20% em Bolsa;
  • 50% em Renda Fixa; e
  • 30% em Fundos Imobiliários.
Vou levar vários meses rebalanceando a carteira, pois não tenho interesse em vender os meus CDBs, então aos poucos vou alocando o dinheiro para os FIIs e ações que achar interessante. Eventualmente, dependendo do mercado, vou alocar para renda fixa novamente, somente esperando uma boa oportunidade para entrar.  Se estão curiosos com o que tem na carteira, segue abaixo a distribuição: 



Conseguiram entender mais ou menos a distribuição? Em amarelo é o tipo de ativo e abaixo são os ativos propriamente ditos. A distribuição em amarelo é a geral e bate com o primeiro gráfico. A distribuição abaixo dos destaques em amarelo são apenas entre os ativos daquele tio de investimento. Por exemplo, 100% do meu ativo em bolsa está em CTIP3, mas isso representa apenas 7,71% do total da carteira. 

Mas aí vocês perguntam, por que essa distribuição? Bom, vou tentar resumir em tópicos para facilitar.

BOLSA

Antes de morar fora estive investindo em vários tipos de ações, incluindo mercados futuros, opções etc... Quando viajei tirei todo o dinheiro para renda fixa, mas tem quase dois anos que vim tentando praticar a alocação de ativos, então deixei o meu dinheiro em bolsa mais em fundos de índice, sem me preocupar em ter que ficar operando muito. A questão toda é que quando migrei de corretora, há dois meses atrás, desmontei tudo o que eu estava fazendo para assumir a estratégia proposta pelo assessor, assim fiquei sem nenhum papel comprado diretamente, mas foram feitas muitas operações de compra e venda, aluguel de ações e tentativas de ganhar alguma coisa no spread de duas ações com desempenho similares. Conforme comentei no início do post, levei um bom prejuízo partindo para essa estratégia, então novamente desmontei tudo e busquei investir por minha conta. Enquanto via a mesa de operações mexendo com o meu dinheiro para lá e para cá em operações malucas e que não faziam sentido para mim, enxerguei uma boa oportunidade em CTIP3. Esta ação não é tão volátil e é ótima pagadora de dividendos. Tenho estado satisfeito com o desempenho dela e pretendo colocar mais dinheiro e segurar essa ação na carteira por um bom tempo. Vamos ver se a minha ideia muda no longo prazo.

FIIs (Fundos Imobiliários)

Já tive muitos outros fundos na carteira, mas, assim como desmontei a minha posição no passado com as ações que possuía, também desmontei minhas posições nos FIIs. As únicas das quais nunca me desfiz foram a Rio Bravo (FFCI11) e o fundo da BTG Pactual (BRCR11). Considero ambos bem administrados, principalmente o fundo da BTG Pactual. Estes dois fundos vêm mantendo uma boa consistência nos rendimentos, apesar de terem outras opções bombando também na lista de FIIs. Particularmente, me considero leigo nesse mercado, mas pretendo manter alguma coisa e ir estudando aos poucos para aprender mais. Acho que FFCI11 tem um preço justo em R$1,70 e atualmente o fundo vem operando muito próximo disso. Penso até em sair e trocar por algum outro, que ainda não escolhi. Já em BRCR11, tenho a segurança de ter uma curva de rendimento que acompanha bem o IFIX, com boa administração e clareza na distibruição de informações aos investidores. Não pretendo sair desse fundo tão cedo e talvez até aumente a minha participação nele.

RENDA FIXA

Estou bem acima do meu objetivo de 50% de alocação em renda fixa, mas, conforme já foi falado, vou acertando a distribuição ao longo do tempo, alocando recursos em outras áreas tão logo eu veja boas oportunidades de entrada. Hoje a maior parte da renda fixa está no CDB do Merril Lynch, que me paga 100% do CDI e é bem seguro. Esta foi uma das boas indicações que o meu assessor de investimentos deu e que está disponível na corretora que invisto. Pretendo não mexer nesse investimento. O segundo maior investimento da renda fixa está em um outro CDB, que paga 102% do CDI, mas um pouco mais arriscado. Este CDB é do Banco Paulista e também está disponível na corretora que eu invisto. O restante do dinheiro da renda fixa está em títulos públicos (NTNs-B, LFTs e LTNs) e poupança. Este último (poupança), por sua vez, não é muito recomendável, mas sempre mantenho um dinheiro fora de investimento na poupança como colchão para pequenas eventualidades. Infelizmente, como a maior parte dos brasileiros, já investi muito nessa opção por falta de instrução. Se você busca estabilidade, não quer dor de cabeça e nem perder para a inflação, coloca seu dinheiro em dinheiro público. Parece complicado investir, mas é mais fácil do que você pensa.

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Dado o pequeno resumo acima, vamos ao histórico dos meus resultados em 2013 e 2014. 


Quando comparado ao Ibovespa, os meus resultados não estão ruins, mas se eu pegar qualquer outra métrica como base, estou indo muito mal. Se eu tivesse deixando o meu dinheiro em qualquer coisa na renda fixa estaria muito melhor. 2013 foi um ano de aprendizado, onde fiz muitas movimentações e fiquei me baseando no IBOV com o fundo BOVA11 com boa parte da minha alocação. Só não fui pior poque fiz boas operações com opções. 2014 não estava um ano tão ruim quando comparado com a bolsa, mas vejam o meu destaque em vermelho em agosto. O resultado da carteira foi de -7,61%, quando a bolsa subiu 9,78%. Meu resultado só não bateu nos 10% porque CTIP3, que eu acabara de comprar, subiu quase 4% para mim. A mesa de operações da corretora trabalhou pouco mais de 1 mês com o meu dinheiro da renda em garantia e bem alavancado, realizando operações de daytrade e várias operações Long & Short sem sucesso. A desculpa? A desculpa foi que devido ao falecimento do candidato à presidência, Eduardo Campos, os pares escolhidos foram muito afetados. Pode até ser verdade, mas justificativa nenhuma entra na minha cabeça para um resultado tão ruim em um mês que foi tão bom para a bolsa. Isso significa que a gestão de risco da mesa de operações é ZERO! E que o que foi passado para mim não foi exatamente o que ocorreu na prática, pois, em tese, apenas 20% do meu dinheiro entraria nas operações Long & Short. Porém, quando você deixa seus ativos em garantia, pode operar um dinheiro que na realidade não está disponível para você. Você tem como fazer dinheiro sem ter dinheiro, mas também pode perder tudo que tem ou até mesmo mais do que possui, dependendo da estratégia que você adotar. 

No post anterior falei sobre o meu aprendizado. Dinheiro na mão de corretora ou banco nunca mais. Levarei um bom tempo para recuperar essa perda que tive. Nas minhas contas perdi quase um ano do meu objetivo. Mas a vida é assim mesmo, hora você ganha e hora você perde. Meu objetivo é continuar investindo e aprendendo. Pretendo deixar o meu dinheiro em coisas que me deem mais segurança e uma perspectiva de rendimentos contínuos, dando, quem sabe, um pouco de tranquilidade ao meu futuro e ao da minha família. 

Espero que tenham gostado e aceito sugestões de posts e/ou críticas. Quero fazer desse blog uma ponte entre mim e outras pessoas, pois amo fazer amizades.

Grande abraço e até o próximo post.

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